Ricardo Múcio garante que sua gestão será de diálogo com servidores
O novo presidente do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), Ricardo Múcio Santana de Abreu Lima, inaugura a gestão dele abrindo diálogo direto com os servidores do órgão, através da entidade sindical, e consciente de que passará por este caminho somente uma vez e que todo o bem que puder fazer, deverá fazer agora.
Dois dias depois da sua posse na Presidência do Tribunal, ocorrida no último dia 1º de fevereiro, o novo presidente fez uma ligação de cortesia ao coordenador geral do Sindijus, Jones Ribeiro. O desembargador disse que está acompanhando a celeridade na tramitação do projeto que reajusta em 6% o vencimento base dos servidores da ativa e aposentados na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese). Também registrou que está garantida a retroatividade do pagamento a janeiro, contemplando a data base prevista no plano de carreira da categoria.
Segundo o site do TJSE, o presidente Ricardo Múcio, acompanhado do novo vice-presidente, Gilson Felix dos Santos, já realizaram uma visita à Alese, nessa terça-feira, 07, onde foram recebidos pelo deputado Jeferson Andrade e conversaram sobre projetos de interesse do Poder Judiciário.
Outra questão importante abordada pelo presidente no primeiro contato com o Sindijus foi a relação da gestão com a entidade sindical. Ricardo Múcio comunicou ao coordenador geral do sindicato que estará de portas abertas para o sindicato e que receberá os representantes dos servidores sem necessidade de agendamento.
Nesse primeiro contato, o coordenador geral do Sindijus informou ao presidente que a gestão anterior do Tribunal encerrou deixando alguns direitos pendentes, como a revisão da indenização de transporte, destinada aos oficiais de justiça e técnicos em execução de mandados, e do auxílio educação infantil. Ambos os reajustes já possuem recursos previstos no orçamento e dependem apenas da publicação dos atos.
A diretoria do Sindijus vê positivamente o gesto do presidente Ricardo Múcio, pois demonstrou a abertura de uma relação de diálogo contínuo sobre as políticas que são de interesse dos 2.500 servidores efetivos da ativa e dos quase 450 aposentados do Judiciário sergipano. “Nós aproveitamos o contato para parabenizar o presidente pela sua posse, que trouxe em seu discurso a defesa de questões essenciais na atual conjuntura, como a democracia e o papel do Judiciário na vida da população.”
O dirigente sindical também pontua que a gestão começa bem ao sinalizar diálogo. “A história do tribunal já mostrou que as gestões que deixaram os melhores legados na política de pessoal e na vida dos servidores foram aquelas que mantiveram o diálogo permanente com o sindicato. A categoria tem expectativa de que a nova gestão tenha coragem de enfrentar problemas que vem sendo adiados no órgão, como a realização de concurso, a atualização do plano de carreira, o reconhecimento do nível superior dos agentes e técnicos judiciários e a faixa do auxílio saúde para aposentados”.
Posse
“Passarei por este caminho somente uma vez, portanto todo o bem que eu puder fazer devo fazê-lo agora, não devo adiá-lo nem negligenciá-lo, pois não passarei por este caminho outra vez.” Foi com essa consciência da sua responsabilidade como chefe do Poder Judiciário que Ricardo Múcio abriu o seu discurso na solenidade de posse, no último dia 1º de fevereiro.
Múcio aproveitou o momento para descrever o papel do Judiciário na vida em sociedade, do registro dos atos da vida civil, da atividade comercial, passando pela chancela a títulos de propriedade. Destacou que a justiça estadual “garante a cidadania, decide questões próprias da vida social, sejam essas de caráter individual ou coletivo, é a justiça primeira, que está ali, de portas abertas, ao alcance de cada cidadão, de forma perene, acessível e ininterrupta”.
Num momento de ameaças golpistas no cenário político nacional, o desembargador frisou o papel do Estado, de acordo com a Constituição Federal, e lembrou que a República Federativa do Brasil constitui um estado democrático de direito. E lançou mão de uma frase do ex-político francês, dramaturgo, romancista e ativista de Direitos Humanos Victor Hugo. “A nação brasileira, após passar por um período que pode ser chamado de afirmação democrática, luta, hoje, por sua consolidação, convencida que ‘uma sociedade de carneiros, acaba por gerar um governo de lobos’”, disse.
Em entrevista coletiva à imprensa, o Presidente empossado disse que seguirá o planejamento estratégico previsto para o Judiciário nacional e reforçou que os trabalhadores também terão a sua atenção. “Não podemos nos afastar muito dessas imposições e metas a serem cumpridas. Evidentemente, cada Presidente tem seu estilo. E o meu, pessoal, é de praticidade e rapidez, sem perder a eficácia. É isso que quero implementar na minha administração, dando atenção aos servidores, magistrados, com o objetivo maior de atender aos jurisdicionados”, garantiu Ricardo Múcio.