Para a história: servidores e convidados celebram inauguração da nova sede do Sindijus
Com inúmeras demonstrações de alegria e satisfação, o evento reuniu centenas de pessoas, que ainda celebraram ao som de Chico Queiroga e Antônio Rogério e Samba do Arnesto
A direção do Sindijus (Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Estado de Sergipe) inaugurou, na última sexta-feira, 23, a nova casa dos servidores do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE). O imóvel fica na avenida Ivo do Prado, 282, no Centro de Aracaju, e reunirá, pela primeira vez após 35 anos de existência do sindicato, todos os departamentos da entidade num único prédio. A entrega da obra é um sonho antigo da categoria e representa um marco para novas lutas e conquistas.
Após 12 anos desde o 1° Congresso do Sindijus, em 2012, finalmente o sonho de uma nova sede ampla, funcional e moderna está realizado. A compra e restauração do imóvel conhecido como Casa Hora Oliveira representa uma nova era na história dos trabalhadores do Judiciário sergipano. Adquirido em abril de 2022, o prédio, originalmente uma casa modernista, datada de 1956 e concluída em 1960, preservou sua integridade cultural e histórica após reforma realizada pela 4 Lados Arquitetura. A Diretoria do Sindijus destacou a localização estratégica próxima ao Palácio da Justiça e a preocupação com a acessibilidade, incluindo a instalação de um elevador.
“Desde meados de 2021, começamos uma busca mais efetiva para encontrar um local que abrigaria a nossa futura sede. Decidimos que seria conveniente ser próximo do Palácio da Justiça e, também, que tivesse espaço para reunir em um só lugar as sedes administrativa e cultural. Foi com esse olhar que ao rever a casa modernista no número 282 da avenida Ivo do Prado, pensamos que, sim, este seria um local para abrigar com conforto e tranquilidade os trabalhadores da ativa e aposentados do TJSE”, explica Sara do Ó, coordenadora de Aposentados e Pensionistas.
E a decisão foi das melhores. Foram necessários 15 meses para que o projeto saísse do papel para o concreto. Literalmente. Só de concreto armado foram milhares de m³. Dezenas de homens e mulheres trabalharam na construção, desde armador e carpinteiros a serventes e técnicos em rede de computadores. O elevador instalado para facilitar o acesso ao segundo piso também é um destaque: todo em aço e vidro fumê, permitindo que o usuário não perca de vista a casa ou à paisagem deslumbrante do Rio Sergipe.
”O Sindijus completará 35 anos de existência em uma nova fase com a inauguração da nova sede. Essa casa que concretiza um sonho antigo de nossa categoria, agora será abrigo de novos sonhos. Será no cotidiano deste espaço que iremos dar continuidade à luta sindical, com toda o potencial que essa conquista agrega para ampliar a participação dos trabalhadores, assim como os momentos de lazer e interação que também é importante e fortalece”, salientou a coordenadora geral da entidade, Analice Soares.
Para marcar este momento, a coordenadora de Cultura e Lazer Fernanda Ferreira Menezes organizou a programação cultural que uniu o que há de melhor na música sergipana: a dupla de virtuoses Chico Queiroga e Antônio Rogério e a eletrizante banda Samba do Arnesto. Não teve quem não cantasse e dançasse junto. Para a diretora do Sindijus, ver a alegria transbordando das pessoas foi emocionante. “Foi com muito orgulho que a atual direção entregou a nova sede aos seus sindicalizados. Uma edificação construída a fim de proporcionar uma maior interação com seus filiados em um ambiente confortável, moderno e acolhedor, e nada melhor do que fazer isso com muita música e alegria”, justificou.
E a categoria?
A analista judiciária Clarissa Tenório esteve na inauguração e falou o que achava das novas instalações. “É com muito orgulho que eu participo desse momento de inauguração da nova sede por entender que não é apenas um prédio mais adequado para atender as demandas dos trabalhadores, mas que também é materialização de uma mobilização histórica da categoria, em busca de força e de reconhecimento. Eu tenho expectativa que o prédio seja um lugar propício para que novos companheiros se engajem na luta por um judiciário melhor para todos e para a sociedade, como todos que já aceitaram essa missão”, concluiu.
Um convidado especial também apreciou a nova sede do sindicato que viu nascer. O oficial de justiça aposentado, Aparício José Bandeira, que hoje mora em Itu (SP) e veio especialmente para a inauguração. ‘Seu Bandeira’ como é carinhosamente tratado, começou a trabalhar no Tribunal de Justiça no governo em 1978. Durante a carreira, atuou em quatro diferentes comarcas. “Era difícil, mas eu tinha que fazer meu trabalho. Mas também me orgulho de ter ajudado muita gente, passei por situações que me emocionavam”. Sobre a nova sede, ele se diz testemunha da história. “Isso foi uma evolução muito grande, conseguida através de esforço. Eu fiz parte desse sindicato. Eu fui diretor aqui no sindicato em uma das primeiras diretorias. E eu espero que a cada dia a entidade faça ainda mais a diferença na vida de todos os associados”.
Para o agente judiciário Cícero Nogueira, representante de base da Comarca de Neópolis, ficou extasiado ao ver a nova estrutura. Segundo ele, o dia 23 de fevereiro de 2024 é um capítulo importante na história da categoria. “Para mim, sexta-feira foi uma data histórica, com a inauguração da nossa casa. Me sinto muito orgulhoso de poder ter uma sede como essa, com mais espaço para atender e acolher melhor seus filiados, com mais conforto. A gente merecia há muito tempo uma estrutura como essa, eu estou muito feliz e muito orgulhoso de fazer parte dessa categoria e dessa entidade”, declarou.
No perfil do Instagram do sindicato, a técnica judiciária aposentada Maria Luzinete Nascimento externou a alegria de ter uma ‘casa nova’. “Estou feliz e encantada com a nossa sede. Casa grande, bem localizada e cuidadosamente restaurada com riqueza e preservação do Estilo Modernista, movimento artístico muito importante para a história da humanidade. A geometria e a transparência, possibilitada pelos vidros, levaram-me para a Casa de Vidro, da Arquiteta Lina Bo Bardi. E, ainda para o Palácio da Alvorada, do brasileiro Oscar Niemayer. É a materialização do árduo e respeitoso trabalho do nosso sindicato. Parabéns, equipe Sindijus e parabéns pela nossa Casa de Luta!”, felicita a aposentada Maria Luzinete Nascimento.
E para fechar este registro histórico, contamos com a declaração do primeiro presidente do sindicato, o oficial de justiça José Alves Dantas, no final da década de 80. “Essa instituição foi transformada em 1989, na então minha gestão que, com muita dificuldade, conseguiu levantar essa bandeira e que, hoje, está aí o resultado da continuidade de uma administração séria, competente e transparente. Posso dizer - com muito orgulho e com muita alegria - que hoje temos um sindicato forte, atuante, compromissado com a categoria e com relevantes serviços prestados aos seus filiados. Para mim, que lutei muito pela nossa entidade, sinto muito orgulho em ver uma sede de porte, nunca pensei que isso um dia iria acontecer pelas dificuldades que atravessamos no dia a dia. Jamais poderia deixar de registrar as minhas homenagens a admiração a atual gestão pela coragem de construir uma sede desse porte. Estou muito satisfeito pela iniciativa e realização dessa nova sede”, garantiu.