Revisão anual da Unimed será de 11% a partir de janeiro de 2023
O índice de revisão anual do contrato de prestação de serviços médico-hospitalares da Unimed - junto aos servidores do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE) - será de 11% para 2023. A revisão, que se refere à mensalidade e à coparticipação, entra em vigor e passa a ser descontado nos contracheques dos sindicalizados conveniados a partir de fevereiro deste ano (com valor retroativo a janeiro), quando será debitada da folha.
O reajuste foi acordado entre a direção do Sindijus e a gerência comercial da Unimed. Por se tratar de um plano coletivo por adesão, a renovação do contrato é sempre negociada entre as partes, neste caso Sindijus e a Unimed. O principal fator é o índice de sinistralidade (relação entre o número de procedimentos acessados pelos beneficiários e o valor pago a Unimed para o plano de saúde).
Inicialmente, a Unimed propôs um aumento de 25,59%, argumentando que havia desequilíbrio no contrato em razão de a sinistralidade estar acima do patamar recomendado de 75%. Assessorada pela empresa Auditech, a direção do sindicato comprovou que a sinistralidade estava em torno de 95%, índice que superior ao patamar ideal.
“O Sindijus, através da sua assessoria, questionou e argumentou com os representantes do Plano em Sergipe. Mais uma vez, após a apresentação dos nossos dados técnicos, a operadora não teve como justificar a elevação do percentual”, explicou o coordenador de Administração e Finanças do Sindijus, Alexandre Rollemberg.
Negociação
Da mesma forma que no ano passado, quando a sinistralidade bateu na casa dos 98%, em 2022 o índice diminuiu um pouco, mas continua alto: 95%. Isso significa que a cada R$ 100,00 pagos pelos servidores, R$ 95,00 são gastos com custas assistenciais, fora custos administrativos, tributários, entre outros.
“Nós encerramos o nosso período assim, entendendo que foi uma boa negociação. Para se ter ideia, tendo como referência o cenário nacional, a maioria dos contratos foram aumentados no ano de 2022 em uma média de 15% em geral, Isso para pessoas jurídica e para contratos de adesão. Aqui, conseguimos fechar em 11%”, avalia Júlio Cesar, auditor da empresa Audithec.
A direção do sindicato relembra que o objetivo de ter uma assessoria especializada para tratar desse tema é obter o melhor percentual possível de reajuste, no intuito de gerar menos impacto na remuneração dos servidores, associado ao compromisso de manter a saúde financeira do plano.
“Este ano o percentual continuou um pouco mais alto em razão da alta sinistralidade. No entanto, conseguimos fechar abaixo da inflação, objetivo que temos ao longo dos anos e que temos obtido êxito, fato comprovado pelas mensalidades com valores abaixo do valor de mercado comparado aos planos de saúde do mercado sergipano”, avaliou Alexandre.