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Nota de Repúdio ao tratamento dispensado pelo Ministério da Secretaria Geral ao dirigente sindical Ednaldo Martins

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O Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Estado de Sergipe (Sindijus/SE) manifesta seu total repúdio ao tratamento humilhante e desrespeitoso dispensado ao coordenador da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud), Ednaldo Martins, durante sua tentativa de protocolar um simples ofício na Secretaria-Geral do Governo, localizada no Palácio do Planalto, em Brasília, no último dia 24.

É incompreensível que um dirigente sindical, respeitando todos os protocolos de segurança, tenha sido impedido de entrar nas dependências do palácio e tenha sido submetido a uma situação constrangedora. Enquanto diversas pessoas tiveram suas entradas liberadas para outros ambientes do Palácio, Ednaldo Martins foi obrigado a aguardar do lado de fora, em pé, sendo negado o acesso a uma das casas do povo brasileiro.

Não se pode esquecer que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocupante do principal cargo no Palácio do Planalto, tem origem no movimento sindical. E apesar de no início de maio o presidente ter ordenado a retirada das grades que cercavam o Palácio do Planalto há mais de dez anos, permaneceram as barreiras invisíveis que impedem o diálogo com os movimentos sindicais e sociais ainda persistem.

Essas barreiras dificultam o acesso do governo aos movimentos sociais e à sociedade civil organizada, minando o diálogo e comprometendo a democracia. Comportamentos de certos mandatários que esquecem que estão, mas não são, os cargos que ocupam, também é desalentadora e até caricata. É incompreensível um ‘homem do povo’ se recusar a falar com o povo. O simples ato de protocolar um documento pessoalmente exige um rigor burocrático e um distanciamento desnecessários.

Ednaldo Martins destacou esse episódio como desrespeitoso, não apenas para si, mas também para os milhares de trabalhadores do judiciário representados pelas entidades. A Secretaria-Geral do Governo é responsável por atender e dialogar com os movimentos sociais, e é preocupante constatar que essa situação lamentável possa ser um reflexo recorrente, o que evidenciaria uma profunda contradição entre o discurso e a prática cotidiana do governo.

É fundamental que, além da remoção das grades físicas do Palácio, qualquer vestígio antidemocrático que impeça o acesso da população às instituições do Estado Brasileiro seja eliminado.