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Concurso: nível superior e vagas de analistas foram tema de reunião com desembargadora

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A magistrada Ana Bernadete é presidente da comissão organizadora do próximo concurso para contratação de servidores do TJSE

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Na manhã da última sexta-feira, dia 29, a direção do Sindijus se reuniu com a desembargadora Ana Bernadete Leite, para tratar de aspectos do próximo concurso público de técnicos e analistas judiciários no Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE). Na ocasião, foram apresentadas à magistrada as propostas do nível superior dos técnicos e agentes e a ampliação do quantitativo de vagas de cargos de analistas, especialmente de Serviço Social, Psicologia e Contabilidade. Ana Bernadete informou que compreendeu os argumentos e que os analisaria.

A realização de um novo certame é uma das demandas permanentes da pauta de reivindicações dos servidores do Tribunal de Justiça. A conversa com os desembargadores tem servido para demonstrar a importância do novo certame, como um instrumento de combate à sobrecarga de trabalho e da precarização do serviço público.

“Já conversamos com a doutora Iolanda Guimarães e, agora, com a desembargadora Ana Bernadete, que é presidente da comissão organizadora do certame. Nas duas ocasiões, demonstramos a importância do nível superior de técnicos e agentes judiciários, e a necessidade de ampliação de vagas de analistas das áreas de Serviço Social, Psicologia e Contabilidade. Também pedíamos a criação de novos cargos em áreas que, hoje, não existem no Tribunal, a exemplo de Enfermagem e História”, explicou a coordenadora geral do Sindijus, Sara do Ó.

Em todos as rodadas de negociações, a entidade tem apontado que a elevação da escolaridade de cargos de nível médio para superior é uma tendência natural na Administração Pública e que não possui impacto financeiro. Na prática, isso é constatado em diversas categorias pelo Brasil e aqui mesmo, em Sergipe, onde há o exemplo recente dos policiais penais. No último mês de abril, aquela categoria conquistou a criação da carreira de Agente de Polícia Penal, que tem como requisito de investidura no cargo o diploma de nível superior.

Sobre a necessidade da ampliação de cargos de analistas judiciários, Sonale Freitas, coordenadora de mulheres, LGBTI e políticas sociais do Sindijus, destacou as contradições da gestão do Tribunal “a Presidência do TJ, por um lado, tem dito que não há necessidade de ampliar as vagas para Serviço Social, Psicologia e Contabilidade e estimula os eventuais candidatos a um cargo público a participarem do próximo concurso. Por outro, no entanto, promove a privatização de parte das atribuições dos analistas judiciários, com a contratação de peritos externos”.

Ainda segundo Sonale, “entre o discurso e a prática, quem têm sofrido são os trabalhadores efetivos do Tribunal, adoecidos com a sobrecarga de trabalho e com as cobranças excessivas e, agora, preocupados com a precarização das relações de trabalho no órgão”.